domingo, 27 de julho de 2014

Sento-sé e a construção da Barragem do Sobradinho: a memória de um povo

POR ANA CATARINA MARTINELLI BRAGA

1977, o ano  em que tudo começou:

“Naquela época eu possuía entre 7 e 8 anos... Meu avô era prefeito da cidade de Sento-Sé e neste período existiam 8 cidades no país chamadas municípios de Segurança Nacional, que era, o prefeito indicado pelo governador. Sento-Sé era um desses municípios de Segurança Nacional.” 2

A história deste acontecimento, bem como de toda a Sento-Sé, desde a década de 40, entrelaça-se com a de uma família, que originou-se neste local. A família Sento-Sé já possuía o nome forte,e de governança, a mais de três gerações. A senhora Vera Rita Sento-Sé representa, dentre essas, a sexta geração de uma família histórica, que até os dias atuais é lembrada em festas e homenagens.

Neste dia em que entrevistei a Senhora Vera Rita estávamos em sua casa no bairro da Pituba, na cidade do Salvador, estado da Bahia. A entrevistada mostrava-se bastante confortável e saudosa ao relembrar aqueles momentos do seu passado. Por diversas vezes, revelou a tristeza da população ao ver suas casas inundadas, pela ocasião da construção de uma barragem, no mesmo ano em que seu avô foi empossado prefeito.

A relação desse sujeito histórico com o lugar em que ia em sua infância demonstra a relação estreita e devastadora que a inundação causou em suas recorrências de memória. Sentia-se uma tensão no momento em esta disse:

“(...) E, em um determinado ano, nós fomos, a cidade estava muito triste quase ninguém estava mais lá... Porque tava todo mundo já se mudando para a cidade nova, Sento-Sé nova. E depois da inundação, eu me lembro, nós fomos dar um passeio de barco pela cidade inundada pelo São Francisco, pela barragem do Sobradinho”4

Esta fala é uma evidência histórica de como  a construção da barragem afetou a mentalidade,não só da entrevistada, mas, de todos aqueles que viveram o momento histórico relatado. Assim, os mecanismos da memória revelam a necessidade de preservação do local de origem do sujeito histórico.

Relação sujeito histórico e memória:

A  casa, o lar, de cada um é um lugar por excelência da memória. E de uma memória essencialmente emocional. E viver essa memória em família significa retratar o lugar em que essa família viveu. Assim, apesar da família Sento-Sé representar o poder político na cidade, seus membros não deixaram de viver a dor daqueles que perderam suas casas, inclusive a sua própria saudade daquele lugarejo. Muitos membros que moravam em Sento-Sé deixaram seu patrimônio para trás e escreveram palavras de saudade nas paredes de sua casas:

“(...) E chamou minha atenção as casas com água pela metade ou acima da metade, e nelas, quase em todas, as que ainda estavam de pé, possuíam lembretes e frases saudosas: “ Sento-Sé amada fui muito feliz aqui”  ou “Adeus minha cidade querida”.5

“(...) A minha irmã Maria América Sento-Sé deixou nas paredes de sua casa frases e poemas que queriam dizer a sua saudade que ela ia sentir do seu antigo lar. “6

Nestes dois depoimentos percebe-se a relação pessoal da família com a história que norteia  a inundação de Sento-Sé. Sendo assim, após a inundação, muitos mitos e histórias foram passados dentro da família sobre este episódio. Em todos eles, entretanto, o senhor Demóstenes, prefeito da cidade no ano da inundação e membro da família Sento-Sé, era visto como um visionário, um líder que guiou a sua população para uma vida melhor.

Esta família acredita que, mesmo sacrificando suas casas, o que subentende-se sua memória, e lares, isto deveria ser feito em detrimento do que o seu líder político considerava como certo para a melhoria de “todos”. Não há nesses dois depoimentos um sentimento de posse ou do poder de um clã sobre a cidade e sim, um mito familiar tornado verdade dentro da memória. Isto pode ser constatado por Alistar Thompson quando este diz que:

“(...) Os mitos de minha família sobre a guerra também mostram como apenas algumas experiências são enfocadas na lembrança, enquanto outras são reprimidas ou silenciadas, e como algumas recordações “pessoais” alcançam significado “coletivo” , tanto dentro da família como fora dela.(...)”7


Se por um lado pode haver interesses para que a barragem fosse construída, trazendo mais poder, através do que seus representantes chamam de “progresso”, por outro lado, nesta cidade sente-se uma participação do poder como parte do privado e do intricado pessoal de cada cidadão. É importante salientar aí como os alcances da  memória possuem papel fundamental no que está silenciado e no que pode tornar-se verdade neste contexto. Isto dentro da mentalidade daqueles que constroem essa memória.

As representações do poder: 

As representações do poder assim, soam como parte da memória e da cultura da população. Mesmo sendo uma forma de dominação, esta forma de participar dos momentos íntimos da cidade,que o prefeito possuía, revela um clientelismo na vida dos cidadãos. Muitos fatos pessoas eram resolvidos por este prefeito, que adentrava nas casas chamados pelos seus ocupantes. E, resolvia problemas pessoais:

“(...) Era um político a moda antiga. Não era a relação de eleitor e de prefeito, como hoje, baseado no capitalismo. Era uma confiança, uma amizade. Tipo assim, casal brigava, meu avô é que ia fazer , reconciliar o casal. Menino caia quebrava a perna, meu avô, o prefeito, que ia mandar comprar o remédio. Acabava a verba da prefeitura meu avô colocava do dinheiro dele.(...)”8

Pode-se perceber dessa forma, a relação estreita entre o poder e a população. Uma intimidade que adentrava a própria casa do prefeito e suas relações familiares. Este tipo de “líder” era visto como monumento histórico da memória coletiva. Um mito que perdura mesmo após a sua morte ou perda do cargo público.

Demóstenes Sento-Sé foi prefeito da cidade, incluindo antes, durante e depois da construção da barragem. Antes dele, a família Sento-Sé já governava, foram três coronéis5: Juca Sento-Sé, Tonhá Sento-Sé e Janjão Sento-Sé, chegando,finalmente, a Demóstenes, não mais como coronel, oficialmente, e sim, como prefeito nomeado.

A família Sento-Sé apresenta um poderio. O próprio sobrenome, possui origem na história da formação da mesma. Este nome surgiu de uma homenagem feita a uma comunidade indígena que ocupava a região.

Após a posse da família Garcia D’ Ávila, estes fundaram a cidade e homenagearam o chefe daquela comunidade, cujo nome era Centossé. Assim, surgia uma cidade com mais de quatrocentos anos de história. Posteriormente a família que descendeu desses índios e dos portugueses recebeu o sobrenome de Sento-Sé. E seu legado é honrado pelos moradores até a atualidade.

O olhar das autoridades diante do patrimônio, como pode-se perceber, não fica restrito as relações de poder e soberania. Mesmo que haja uma tradição histórica de que os políticos em geral não se importavam com o valor da memória, ou daquilo que foi construído pelas pessoas, não é o que se pode perceber neste município.

Aqueles que alguns considerariam como os “donos da terra”, “responsáveis” pela  inundação de toda uma região, são vistos pela memória coletiva, e por eles mesmos, como parte do que sofreram em busca de algo maior, ou melhor. Isto, porque a população acredita, pelo menos boa parte dela,  que alguém que se envolve tão intimamente com suas vidas não poderia exercer qualquer abuso de poder ou ato que venha trazer prejuízo para a cidade.

Inundação da memória e da identidade de uma população.

A construção de tal barragem, projetada pela CHESF em 19739, concessionária da Empresa Brasileira de Energia (ELETROBRÁS) no Nordeste, resultaria na Hidrelétrica do Sobradinho, que inundou além de Sento-Sé, mais três cidades do sertão nordestino. Por nove anos o município passou a ser área de segurança Nacional, tendo como prefeito empossado, governo Roberto Santos, Demóstenes Sento-Sé. A posse ocorreu em 13 de Maio de 1977, ato que ficou registrado como data do aniversário da cidade.

Antes da inundação destas cidades, as mesmas eram cortadas pelo Lago do Sobradinho, afluente do rio São Francisco. Desde a década de 70, entretanto, a CHESF vinha desenvolvendo uma política agressiva para transformar o “Velho Chico” em gerador de energia hidroelétrica. Para tal, construía barragens, transformando lagos em rios artificiais, deslocando e modificando a paisagem do sertão e ainda causando grande desequilíbrio ecológico e erosões no solo.

A construção da Barragem do Sobradinho resultou na desocupação de uma área com cerca de 4,2 mil km . Este processo de desocupação atingiu um total de cerca de 12.000 famílias, das quais, 73% fixadas na zona rural e 27% na zona urbana das cidades10. E a CHESF, embora tenha construído uma nova cidade para os habitantes, não pode recuperar as características da cidade antiga, bem como o real sentimento do povo,enterrado nas águas do rio.

Foram deixados para trás, sonhos, esperanças, vidas e desejos, elementos que fizeram e fazem parte da memória de uma população, que vivia de sua economia local, sofrida e apegada a terra. Tanto que, muitos resistiram a efetivação do projeto. Um deles foi um homem, na época com 92 anos, o senhor José Nunes ou como era chamado, “Seu Zé”. Ele disse a habitantes da cidade11 que não iria deixar sua casa para trás, uma casa que levou anos para ser construída e que fez parte de tudo aquilo que ele considerava como seu patrimônio e identidade de vida.

Assim como seu Zé, muitos outros traziam consigo o peso da tradição de viver naquele local. As autoridades, estaduais e da empresa hidroelétrica, entretanto, não se sensibilizaram com esses e acabaram por destruir, não só patrimônios pessoais, e sim 400 anos de história. Sendo que, nem o monumento de fundação da cidade foi poupado.

 “O Rio engoliu tudo, vi minha vida sendo deixada para trás, e meus bens sendo levados de caminhão para um lugar que mesmo que passem anos nunca será o meu verdadeiro lar. Depois disso, minha filha, só Deus pode nos salvar” .

Assim resumiu a antiga habitante Hildene Sento-Sé, representando o real sentimento daquilo que a natureza transformou em seu habitat natural.

Atualmente, a cidade de Sento-Sé possui um pouco mais de 9.000 habitantes; foi relocada em 1977, mas nunca esqueceu as marcas que a inundação deixou. Além do que, fica provada hoje, o quão estreita são as relações de poder e memória que norteiam e são capazes de reconstruir e desconstruir as concepções dos sujeitos da história.


O esquecimento e a memória fios condutores da história desse lugar:

A partir dos documentos pesquisados, dos depoimentos dos habitantes e antigos moradores da cidade de Sento-Sé, pôde-se perceber que a abordagem de um conceito de memória  pré-moldado de nada serve.

A população local, através daquilo que considera como sua memória e identidade é que constrói o significado desta memória. Uma memória povoada não só por emoções e lembranças, mas também por momentos de esquecimento.

Jerusa Pires Ferreira, historiadora dos conceitos de memória e tradições populares,  considera que não só a memória mais também o esquecimento estão presentes na história das pessoas. Nesta cidade, principalmente nos depoimentos coletados, os vestígios do esquecimento se fazem recorrentes.

Eles estão no momento de pausa da senhora Vera Rita, nas palavras que a Senhora Vera Sônia não permitiu que fossem gravadas, e nos momentos em que Hildene muda de assunto, ou retruca que a pergunta feita não “representa algo de importante a ser lembrado”.

A tradição é feita de esquecimento e memória, e, se a história possui bases nestes dois elementos, a tradição também é parte importante para a construção, e rearrumação dos caminhos da história. E para se compreender o fio condutor de toda narrativa oral  é necessário a interpretação do esquecimento, elemento essencial do que foi lembrado e transformado pelo depoente em história.

Nesta cidade ainda há muitos esquecimentos, e muitas memórias a serem resgatadas. A cidade de Sento-Sé é contada pela sua sociedade, que sofre pressões, influências sociais e culturais capazes de pincelar sua memória e representação histórica.
Como Jerusa Pires afirma :


“(...) A dupla esquecimento e memória, portanto, é apenas uma aparente oposição. Numa grande medida, estas oposições são instrumentos conjuntos e indispensáveis em projetos narrativos que dão conta de eixos do conflito. Há também o caso de, no corpo da própria narratividade, formarem-se núcleos em que lembrar é um fluxo, um processo, uma razão de ser e o ato de esquecer se faz o pivô daquilo  que se desenvolverá , detonando uma série de transformações ou a transformação. (...)”12

Assim, o passado faz parte do presente de cada um, enquanto produtor de sua própria história. E a memória do município de Sento-Sé é produzida, concebida e preservada pelos seus próprios habitantes e seus imaginários ideológicos. Bem como os elementos que estes reproduzem em seus depoimentos e lembranças do passado. Vivo em suas vidas no momento presente.

A construção da Barragem do Sobradinho aguçou nos moradores a necessidade de preservação de toda uma memória perdida na inundação. Este discurso se faz presente no depoimento da habitante Hildene Sento-Sé quando disse:


“A gente se apega àquilo que é nosso, porque de alguma forma faz parte da construção de uma vida, que queira ou não, naquele momento, estava sendo deixada para trás. Mas que para sempre vive na minha memória...”.13


Bibliografia:

BARROS, Henrique. Avaliação dos impactos sócio-econômicos da implantação do projeto Sobradinho. Recife: FUNDAJ/ IPS/Departamento de Economia, 1983.

BOMFIM, Juarez D. Movimentos sociais de trabalhadores do Rio São Francisco. Scripta Nova,  Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. Universidade de Barcelona, Nº. 45 (30). Barcelona: Espanha, Agosto-1999.

CERTAU, Michel. A invenção do Cotidiano. PETRÓPOLIS-RJ. Martins Fontes, 1991.

FERNANDES, Ana. (org). Cidade e História.

FERRARA Lucrecia D’Allessio. As Máscaras da Cidade. São Paulo-USP.

FERREIRA.Jerusa Pires. Armadilhas da Memória(conto e poesia popular). Salvador-BA. Casa de Jorge Amado, 1991.

LANNA,Ana Lucia. Uma Cidade em transição: Santos: 1870-1913.Santos-SP.HUCITEC,1996.

PORTELLI, Alessandro. O que faz a história oral diferente. Projeto de História, São Paulo,Fevereiro de 1997.

SILVA, Bárbara-Cristine Nentwing. Cidade e região no Estado da Bahia. Salvador, BA, EDUFBA, 1991.

SIQUEIRA, Ruben. O que as águas não cobriram. João Pessoa: Mestrado em Ciências Sociais/UFPB, Dissertação de Mestrado, 1992.

SOJA,Edward. Geografias Pós-modernas: A reafirmação do espaço na teoria social crítica. Zahar. Rio de Janeiro.

THOMPSON, Alistair. Quando a memória é um campo de batalha:Envolvimentos     pessoais e políticos com o passado do exército nacional. Projeto de História, São Paulo, 1998.

WILLIAMS, Raymond. O campo e cidade. São Paulo,SP.Companhia das Letras,1989.

Arquivo pessoal Família Sento-Sé. Sento –Sé- BA. 1974 – 1979.
Diário e Anotações pessoais do Sr5. Demóstenes Sento-Sé. Salvador-BA. 1974- 1979.

Fontes iconográficas: Os Narradores de Javé; Fotos do Arquivo Pessoal da Senhora Vera Sônia Lins D’ Albuquerque Sento-Sé. Salvador - BA. 1974 – 1979.

Fontes Orais (Depoimentos): Senhora Vera Sônia Sento-Sé no dia 22 de novembro de 2007 ás 15h; Senhora Hildene Sento-Sé (participantes de todo o processo histórico da cidade de Sento-sé, desde a inundação a construção da nova cidade) no dia 25 de novembro de 2007 ás 17h; e Vera-Rita Lins de Albuquerque Sento-Sé, no dia 12 de junho de 2008 ás 14horas e 36 minutos.

www.pmsentose.com.br: Consultado ás 10h do dia 10 de Outubro de 2007.

www.sentoseonline.com.br: consultado ás 9h do dia 9 de Setembro de 2007.




Links para assistir o documentário"Adeus Rodelas", citado pela mestranda em Planejamento do Território pela UFABC Ana Catarina Sento-Sé Martinelli Braga, que trata da população da cidade de Rodelas e redondezas que foram inundadas para a construção da Barragem de Itaparica, "focaliza principalmente o reassentamento de sua população agrícola, o choque e as saudades antecipadas da população urbana":


Imagem do documentário Adeus Rodela 1988
Fonte: http://player.mashpedia.com/player.php?q=YVv-3aFkRfw
Imagem do documentário Adeus Rodela 1988
Fonte: http://player.mashpedia.com/player.php?q=YVv-3aFkRfw

Imagem panorâmica de Sento-Sé. Fonte: www.sentosenoticias.com

domingo, 13 de julho de 2014

Dicas de eventos




http://identidadeseculturasanadiet.blogspot.com.br/p/dicas-de-eventos.html


Arte, ciência e modernidade: diálogos possíveis

Em diálogo com meus alunos da disciplina Identidade e Cultura, discutimos na última aula possíveis semelhanças e diferenças a respeito da arte e da ciência na modernidade. Procuramos investigar como foi possível - em outras épocas - que filósofos como Leonardo Da Vinci conseguiam fazer a interrelação entre arte e ciência e com o passar dos séculos, principalmente entre os séculos XVII a XIX, tal relação foi sendo fragmentada a partir de um processo de especialização especificamente disciplinar dentro do saber científico. 



Assim, a arte junto com as  humanidades ficaram com um papel subalterno frente às ciências naturais. Essa reflexão se deu a partir dos estudos de SNOW (1963) e da releitura de ALMEIDA FILHO (2007) e OCATIVO IANNI (2003). Tais autores pensaram diversas aproximações entre arte e ciência dentro da construção de um conhecimento interdisciplinar preocupados com outras habilidades que não apenas a racionalidade iluminista. Habilidades como a intuição, a emoção estética, o processo criativo são valorizadas dentro da construção de conhecimentos possíveis.
Para melhor elucidarmos as aproximações entre as artes e ciências, vimos como estudo de caso a dança teatral, Tanztheater, que nasceu com orientação da ciência exata, o ‘Labanotation’, sistema de notação de dança/movimento, pautada na matemática e na física. Nesse experimento, a linguagem labaniana passou a definir o tempo, espaço, peso e fluxo do movimento dos bailarinos, se relacionando com os aspectos de criação, notação, apreciação e educação. Outra aproximação desse tipo de “arte” com as ciências é o  fenômeno que observamos é a transmídia, que pode ser entendida como a interface entre várias plataformas de mídia. A prática da transmídia na dança criou uma nova linguagem. 
O fime ‘PINA’ (2011) do cineasta alemão Wim Wenders que traz os trabalhos emblemáticos do Tanztheater Wuppertal, dirigido (1973-2009) por Pina Bausch é um exemplo dessa interlocução Esse filme foi exibido em 3D e modificou a espacialidade do cinema. Dentro da linguagem da dança, ele destacou a textura dos corpos dos bailarinos e principalmente as emoções.



Trailer do filme Pina


Ana Maria Dietrich é docente do Bacharelado de Ciências e Humanidades da UFABC, doutora em História Social/ USP e Pós-doutora em Sociologia/ UNICAMP.

Marissel Marques é bacharel em Dança pela UNICAMP e mestranda pelo Programa de Pós Graduação em Ensino, História e Filosofia das Ciências e da Matemática/ UFABC e orientanda de Ana Maria Dietrich.

Publicado originalmente em Revista Contemporartes. http://revistacontemporartes.blogspot.com.br/2014/07/arte-ciencia-e-modernidade-dialogos.html