sexta-feira, 24 de julho de 2015

Identidade, gênero e sexualidade - Palestra dia 29/07

Para a palestra sobre Identidade, gênero e sexualidade, leiam os seguintes textos: 




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Responda a pergunta (até dia 05/08)De que forma as questões culturais, religiosas, políticas e biológicas afetam a construção da identidade de gênero? Comente sobre.


33 comentários:

  1. Grupo Mesquita - Turma B
    Giovanna Bonato Matrone 21050415
    Eduardo Santos da Silveira 21050615
    Pedro Casalotti Farhat 21045115
    Heitor Tessari Mendes Kubota 21000915
    Beatriz Pidone Costa 21020215
    Laísa Amorim 21066915
    Matheus Paulo Antiga Peres 21053815

    O senso comum diz que gênero é binário (homem e mulher), definido biologicamente e a cada gênero é associado uma série de valores. Esses valores ditam a vida de cada gênero, dizendo o que é apropriado ou não, variando desde vestimenta, que carreiras seguir, como falar, como se portar, et cetera. Esses valores são passados desde a infância, geralmente através da estrutura familiar, mas não só por esta.
    Na família, o tratamento diferenciado baseado no gênero exerce papel fundamental na construção do gênero. Isso se evidencia ao perceber o tipo de brinquedo que se dá para meninos e os para meninas, o tipo de roupa, entre outros fatores. Em muitas famílias, por exemplo, mulheres desde cedo são ensinadas a cuidar de casa, com a ideia de que serão donas de casa, postura que não é igual perante os meninos.
    A religião sempre carrega uma série de valores associados aos gêneros. O caso do cristianismo é bem forte, quando diz que a mulher veio do homem, que a mulher, por ter pecado primeiro, seria submissa ao homem, entre outros valores. A problemática desse caso é que fica nebuloso quando esses valores tem base religiosa, ou se são retratos da época que são passados nos livros sagrados e que são interpretados como dogmas. A estrutura familiar geralmente é o vetor dos valores religiosos, e essa combinação exerce forte influência na formação da identidade de gênero na infância.
    Dentre outros vetores de valores associados aos gêneros são: televisão, propagandas, internet, revistas - mídia em geral, que exerce grande influência sobre todos que a vem. Muitos acabam frustrados por não corresponderem ao padrão estético e comportamental impostos, principalmente adolescentes, que se encontram em uma fase de mudanças, encontrado muitas dificuldades em se aceitarem. Além da “objetificação”, principalmente, da mulher ou apenas partes do corpo dela nas propagandas, criando mais padrões de como a mulher deve aparentar e ser.

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  2. Grupo Parada LGBT - Turma A
    Gabriel Marques - 21055715
    Giulia Matteo - 21011015
    Matheus Graciosi - 21030515
    Beatriz Conelheiro - 21044815
    Sofia Melazzo - 21006015
    Diana dos Santos - 21047415
    Laurielen Lúcio - 21066415
    Bruna Fernandes - 21012915
    Victoria Fábio - 21022015

    Durante muito tempo, pelo peso que o positivismo desempenhava nas definições da sociedade, o conceito de gênero se limitou à algo fixo, concreto, imutável, definido exclusivamente por conceitos biológicos.
    Partindo deste princípio, é interessante notar que os estudos acerca de gênero foram se complexificando, principalmente por decorrência de um ganho de forças dos estudos das ciências sociais e humanas e dos movimentos sociais organizados, tais como o feminismo e o movimento LGBT.
    Neste sentido, é interessante notar a maneira como essas diversas áreas de estudo conceituam gênero. Para as ciências sociais e humanas, gênero é uma construção social, e portanto, homens e mulheres são produtos da sociedade e não decorrência da anatomia de seus corpos.
    Ressalta-se a importância do entendimento de gênero como construção social, uma vez que, para a definição exclusivamente biológica desse conceito, existe um certo padrão universal identificado por estereótipos, que se mostram simplistas e facilmente excludentes, ou seja, aqueles que não estão dentro desse "padrão universal", são marginalizados e sofrem em decorrência de uma questão social.
    Desde antes do nascimento de uma criança há uma imposição ferrenha por conta de seu sexo. A partir da "descoberta do sexo" da criança, as pessoas que se relacionam de alguma forma com a progenitora, começam a impor todo um sistema normativo acerca do gênero da criança, desde a cor da roupa, e o tipo de brinquedo, dados como presente.
    A partir desse panorama, é interessante ressaltar os estudos de Judith Butler, filósofa pós-estruturalista, que defende um rompimento e consequente desconstrução desses conceitos de genero, uma vez que seus padrões e normas são responsáveis por oprimir as singularidades humanas que não se encaixam.
    Entender que gênero enquanto construção social, é algo que se constrói de acordo com as experiências de cada indivíduo, detentor de uma subjetividade exclusiva, e além disso, é algo influenciado por toda uma estrutura política e cultural, presentes no nosso dia-a-dia.

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  3. Turma A - Grupo Fescete

    Maíra dos Santos Silva RA: 21025615
    Thainara Giacometti RA:21058515
    Bruno Pedro RA:21008415
    Maitê Sales RA:21031115
    Wagner D. C. Asao Cruz RA:21037315
    Maria Paula Fonseca RA:21032715
    Nicole Guerzoni RA:21023615

    A idéia de que existem apenas dois gêneros é algo social e culturalmente construído, sendo a religião e a política bases importantes dessa construção. A religião, principalmente a católica no Ocidente, na medida em que estruturou Adão e Eva (homem e mulher), como a vontade de Deus e se manteve contra qualquer contradição; a política uma vez que necessita o funcionamento de um sistema padrão. A cultura, desde os tempos mais remotos, estabeleceu os papeis sociais da mulher (responsável pelo cuidado da casa e dos filhos, associada a determinadas vestimentas e cores e a comportamentos finos e recatados) e também do homem (responsável pelo trabalho, pelo sustento da casa, também associado a vestimentas, cores, e a comportamentos que sempre reafirmam a “masculinidade”).
    Esses papeis são impostos a todos nós, desde crianças, quando as roupas rosas e bonecas são destinadas às filhas e as roupas azuis e carrinhos de brinquedo são apenas para os filhos. Depois, a pressão familiar para seguirmos o padrão é, na maioria dos casos, muito presente. Paralelamente, a mídia (em todas as suas formas) reafirmam cada vez mais a normatividade e trazem imagens irreais que constituem a ditadura da beleza feminina, como foi bem ilustrado no vídeo “Killing us softly”.
    Desde os anos 70, esse conceito tem mudado, apesar da forte resistência da maioria conservadora, não apenas no Brasil, como em muitas outras sociedades. Influenciado pelo pensamento feminista, a palavra “gênero” pode ser agora separada do conceito biológico de “sexo”. O sexo é algo com o qual nascemos, e é definido pelos órgãos sexuais. Já a identidade de gênero vai muito além: uma pessoa pode nascer com os órgãos femininos e não se identificar com as normas sociais femininas, mas sim com as masculinas, e vice-versa. Porém, isso ainda nos limita ao binarismo, o que leva à uma maior expansão: uma pessoa pode se identificar com ambos os gêneros, ou com nenhum dos dois, ou com cada um em um dia. Ou seja, essa nova idéia de gênero luta contra os limites e estereótipos impostos pela sociedade e dá liberdade ao individuo de ser como quiser. Indo ainda mais além, tais conceitos são também separados do termo “sexualidade”, que diz respeito apenas ao(s) sexo(s) pelo(s) qual(ais) tal individuo sente atração, não sendo limitado por seu próprio sexo ou pela sua identidade de gênero.

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  4. Grupo 13 - Feira Tradicional Boliviana - Turma A

    Abner H. Bezerra Arrais - RA: 21052115
    Bruno Correa - RA: 21027815
    Glaucia Bellei Neix - RA: 21071115
    Luiz Gonzaga de Lima - RA: 21016215
    Marina Kiyoko - RA: 21056215
    Natália de S. Bueno - RA: 21064615
    Vinicius Marques Pitanga - RA: 21009015
    Yuri Ilemburg - RA: 21044315

    O conceito de gênero foi criado para distinguir a dimensão biológica da dimensão social do indivíduo. Significa, portanto, que homens e mulheres são produtos da realidade social e não somente de seu corpo biológico. A maneira de ser homem e de ser mulher é realizada pela cultura.
    Vivemos em uma sociedade de ordem compulsória, na qual sexo, gênero e desejo são designados, obrigatoriamente, de forma heterossexual. Uma criança, mesmo quando ainda está na barriga de sua mãe, já tem um modelo a ser seguido. Se for menina, vai usar roupa rosa, brincar de boneca e casinha e ser considerada “frágil”. Se for menino, vai usar roupa azul, brincar de carrinho e bola e ser julgado ao sentir vontade de chorar. Aqueles que fogem do padrão da “normalidade” são discriminados e violentados.
    A heterossexualidade é favorável para a manutenção do poder e do Estado, visto que há procriação e, consequentemente, nascimento de pessoas que, no futuro, poderão trabalhar e movimentar a economia do país. Isto, de certa forma, pode ter ligação com questões religiosas, pois as religiões têm seus dogmas pautados no sistema binário homem/mulher, o que tende a levar seus seguidores a serem contra o casamento homossexual, por exemplo. A pauta conservadora, atualmente, está invadindo o Brasil (dentro e fora do âmbito político).
    Outro caso, diretamente relacionado às questões de gênero, pode ser notado em comerciais/propagandas expostos na televisão. A mídia, de maneira absurda e desumana, objetifica a mulher, gerando uma série de violências contra elas. Além disso, cria ideais de beleza (que são impossíveis de se alcançar), afim de promover o aumento do consumo.
    É preciso mudança! Esta, por sua vez, deve acontecer de baixo para cima, e, de acordo com Judith Butler, filósofa pós-estruturalista estadunidense, deve buscar desmontar a obrigatoriedade de ser hetéro, como forma de subverter a ordem compulsória e desconstruir a binaridade.

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  5. Turma B - Museu do Imigrante

    André Faraga - RA 21056415
    Andressa Vizin - RA 21026615
    Arthur Gandini - RA 21031415
    Geovany Mendes - RA 21054715
    Guilherme Lira - RA 21048915
    Laiane Durso - RA 21062315
    Marcelo Neves - RA 21076015
    Matheus Corrêa - RA 21052015

    De que forma as questões culturais, religiosas, políticas e biológicas afetam a construção da identidade de gênero? Comente sobre.

    Segundo a filósofa e teórica da questão feminista, Judith Butler, a identidade de gênero é instável e constituída tenuamente ao longo de nossas vidas. As dimensões culturais, religiosas, políticas e biológicas, entretanto, fazem com que esta identidade receba padrões e concepções imutáveis impostas pela sociedade.
    Estes padrões nos são trazidos dentro da ideia de uma oposição binária “homem x mulher”, aliada às suas derivações tal como “brutalidade x sensibilidade”. O conceito de gênero é ligado à anatomia de nossos corpos quando, na verdade, um dito homem não necessariamente se sente homem, assim como também ocorre com a mulher. Culturalmente, desde jovens também somos ligados a padrões comportamentais que vão desde a “meninos brincarem com carrinhos e mulheres, com bonecas” até às roupas que vestimos quando mais velhos. Ainda é colocada como padrão na sociedade uma ordem compulsória heterossexual, em que é tido somente como normal sentirmos atração sexual e afetiva por pessoas do sexo oposto. Todos estes padrões são reforçados pela repetição de atos naturalizantes disseminados pela mídia e ensinados por nossas famílias. São criados culturalmente, pois não há uma ligação obrigatória entre as ideias de sexo, gênero e desejo. Um indivíduo que nasce com o sexo masculino não necessariamente se sente homem ou se sente atraído pele corpo feminino, que é o que corresponde anatomicamente ao seu no sentido da reprodução humana.
    Mas quem ou o que impõe estes padrões que afetam a liberdade da construção da identidade de gênero? Podem ser observadas, aqui, duas dimensões de influência: a religiosa e a política, esta no sentido de manutenção do sistema capitalista.
    O pensamento teológico dominante das três religiões monoteístas existentes (judaísmo, cristianismo e islamismo), que possuem como base os mesmos mitos, coloca como padrão sagrado a identidade de gênero que atrela o sexo anatômico, a orientação sexual e o desejo. Homens e mulheres devem seguir os costumes atrelados historicamente aos seus sexos anatômicos e sentirem atração física e afetiva apenas pelo sexo oposto. A homossexualidade seria “pecado” e as mulheres, por exemplo, deveriam seguir ideias como às de que devem ser submissas aos homens, como vontade de Deus. Esta leitura é feita por meio de uma interpretação fundamentalista e descontextualizada de textos dito sagrados e que contraria a história da humanidade quando a homossexualidade, por exemplo, já foi tida como algo normal, tal como na Grécia Antiga.
    Por último, estes padrões de gênero são impostos ainda politicamente por meio da mídia, dentro da lógica de lucro do sistema capitalista. A mulher é tida como objeto e oferecida como mercadoria, por exemplo, quando exposta como um produto em uma propaganda de cerveja. Seu consumidor é o homem, tido como superior. Aqui há também a ideia de opressão do sexo masculino ao feminino como é imposta também pela religião. Este padrão trata de homens heterossexuais e mulheres heterossexuais, as identidades tidas como normais na sociedade e que representam a maior parte do público consumidor.

    (Continua logo abaixo)

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  6. (Continuação do comentário)

    Temos visto no Brasil, entretanto, uma mudança no modo como a mídia e o poder econômico tratam a questão de gênero, em relação à orientação sexual. A maior rede de TV do país, a Rede Globo, tem apoiado a luta contra a homofobia em suas telenovelas, assim como empresas e marcas, tal como O Boticário, em suas propagandas de TV. Mesmo sobre críticas dos que defendem os padrões de gênero da sociedade – principalmente por motivos religiosos – veículos midiáticos e empresas que se engajam nesta luta têm ganhado apoio da maior parte da opinião pública.
    Isto porque a população brasileira parece estar se libertando das amarras dos conceitos de gênero pré-estabelecidos, enxergando a homossexualidade como algo que deve ser aceito pela sociedade como normal. A mídia e o poder econômico acompanham essa mudança de ventos, já que o capitalismo se adapta à sociedade para continuar sobrevivendo.

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  7. Grupo Museu da Imigração – Turma A

    Carolina Yuki - RA: 21026315
    Clérito Leonardo de Moraes Rossati - RA: 21072515
    Fabiano Agostinho Pereira - RA: 21059615
    Felipe Cavalheiro de Souza - RA: 21059515
    João Vitor Vicente - RA: 21024615
    Matheus Klinger Ramos - RA:21027215
    Vinicius de Souza Gomes Alvez - RA: 21028415

    Desde muito jovens fomos criados com a ideia fixa de que o gênero estaria sempre atrelado ao sexo (definido pelas características físicas do nascimento, como os órgãos genitais), que existem comportamentos e coisas "de menino" ou "de menina". Porém, isso é algo que vai muito além da biologia. O gênero não é algo que já nasce conosco, em nosso subconsciente, mas sim uma construção social que vem desde os primórdios da humanidade e essa construção é o fator que mais influência na organização da sociedade. Um exemplo disso é o fato de que até hoje existe a crença de que homens são biologicamente mais fortes do que as mulheres, sendo que, na verdade, homens são incentivados desde pequenos a usar sua força enquanto mulheres são instruídas a serem delicadas e se portarem. Enquanto meninos brincam de lutinha e praticam artes marciais, as meninas não devem participar de "brincadeiras de mão, pois isso é muito feio e coisa de menino".
    A forma como nossa sociedade lida com as questões de gênero como algo preto no branco contribuí para a intolerância à toda forma de diferença, desprezando e reprimindo tudo o que não estiver dentro dos padrões. E a religião serve para influenciar ainda mais na questão do gênero, já que a homossexualidade não é bem vista aos olhos da Igreja católica.
    A mídia dita desde sempre quais comportamentos seriam "aceitaveis" ou "melhores" na sociedade, exibindo como seria a família ideal: o homem forte e provedor da casa e a mulher sempre doce e cuidadosa com os filhos. A questão da mulher na mídia ainda envolve os padrões estéticos que se esperam dela: sexy, magra, com rosto sempre perfeito sem rugas e quaisquer marcas. A famosa ditadura da beleza, que exige padrões irreais para uma mulher e faz vítimas diariamente, pois a sociedade cobra tanto da mulher, que ela passa a cobrar a si mesma: comendo menos, submetendo seu cabelo a químicas extremamente prejudiciais ou seu corpo a cirurgias arriscadas só para ser que nem a garota "photoshopada" da capa da revista.
    A questão do gênero precisa cada vez mais ser discutida e propagada pela nossa sociedade. Precisa-se acabar com os estereótipos do "homem macho" e da "doce mulher" e desconstruir a ideia de que o gênero de alguém deve ser o mesmo do sexo que essa pessoa nasceu. Ninguém deve ser reprimido só por não ser heterossexual, ou até mesmo por ser heterossexual mas não ter os comportamentos padrão que a sociedade determina para o seu gênero. Alguns meninos só querem brincar de boneca e algumas meninas só querem jogar bola em paz.

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  9. Turma B - Arraial Gastronômico no Minhocão

    Daniel Macedo de Abreu Santa Rosa - 21030415
    Karla Gomes de Souza - 21066215
    Leiliane Pessoa da Silva - 21084415
    Patricia Sousa de Oliveira - 21077515


    A identidade de gênero no senso comum é algo estritamente binário, onde se pode ser apenas homem ou mulher e tal identidade é concebida no nascimento do indivíduo, sem espaço para o indivíduo se auto identificar retirando assim a sua subjetividade. O gênero segundo Butler, significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrente da anatomia de seus corpos. A cada gênero dentro da sociedade patriarcal são atribuídos valores, direitos e deveres, sendo que estes são em sua maioria construídos para benefício do gênero masculino (a idéia de que a mulher tem que ficar em casa cuidando da casa e dos filhos, por exemplo). No entanto, acontecimentos recentes e a palestra nos leva a perceber que há muitos indivíduos que não se identificam com o gênero que lhes é concedido ao nascerem. Pessoas designadas homens ao nascer que se identificam como mulheres, ou pessoas designadas mulheres ao nascer que se identificam como homens, ou até mesmo pessoas que, independente do sexo, não se identificam com nenhum gênero ou por ambos. Essas pessoas sofrem preconceito por não se adequarem às formas tradicionais de identidade de gênero pautadas pela sociedade, e acabam sofrendo uma grande pressão psicológica em suas casas, escola, ou trabalho.
    Essa cultura binária de identidade de gênero concebida no nascimento é passada para as pessoas geralmente dentro da própria família, quando estas ainda são crianças. Meninas são tratadas como seres extremamente frágeis, e meninos são tratados como guerreiros fortes. Meninas recebem bonecas e ferramentas de cozinha de brinquedo, sempre rosas, para aprenderem que seu lugar é cuidando dos outros e trabalhando em casa, e meninos recebem bonecos de luta, carros em miniatura, para aprenderem que tem que ser aventureiros, bravos - que para Butler é a “ordem compulsória” que exige uma coerência total entre um sexo, um gênero e práticas que são obrigatoriamente heterossexuais. Muitos não se identificam com esses papéis, e acabam sofrendo, sendo rechaçados, como por exemplo: uma garota que gosta de jogar futebol é hostilizada, pois o futebol é um esporte historicamente e culturalmente construído como um esporte masculino. Porém, o gênero não deve ser construído como uma identidade estável, como é propagada nesses campos.
    Essas idéias de gênero são difundidas por outros meios também, como religião, televisão, revistas, etc. Os veículos midiáticos, principalmente, mostram padrões de estética por meio da objetificação das mulheres que, além de serem fortemente almejados, são muito diferentes da realidade, e por não alcançarem esse padrão muitas mulheres acabam se submetendo a cirurgias, e muitas vezes levando a sérios problemas de saúde.

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  10. Museu do futebol turma A

    Antes de tudo é necessário dizer que a construção de identidade de gênero não é um assunto simples, pois diversas correntes defendem visões totalmente diferentes e contam com argumentos bem fundamentados na maioria dos casos, e toda e qualquer tentativa de tomar uma corrente do espectro como correta seria uma completa ignorância.
    Porém, podemos realizar uma analise crítica da construção do individuo partindo das influências externas como cultura, religião, política e as características biológicas e assim discutir o quanto essas influências afetam na opção de gênero.
    Muitos defendem que o indivíduo é formado a partir da sociedade, outros defendem que a opção individual é o que constrói a identidade. Partiremos do pressuposto que ambas influenciam e que a identidade é o resultado, não proporcional, da junção delas.
    É muito difícil construir qualquer conclusão sobre construção de identidade de gênero, visto que há uma divisão ideológica sobre o pressuposto biológico, ou seja, alguns defendem que a construção de identidade de gênero não é determinada por fatores biológicos e sim por fatores sociais, outros defendem que o gênero é determinado pela genética.
    Para uma discussão sociológica, partiremos do pressuposto que os fatores biológicos não são determinantes na construção da identidade de gênero, sendo os fatores sociais cruciais nessa construção.
    Cultura, religião e política refletem uma construção histórica da sociedade, e isso se revela na própria construção da identidade do indivíduo. Grosso modo, sociedades com formação mais conservadora tendem a ser rígidas na preservação de tradições, inclusive no que diz respeito à construção da identidade de gênero.
    A mídia influencia na formação das identidades com a utilização de publicidades que desumanizam a figura feminina e ditam tendências sobre a construção da identidade de gênero do seu publico alvo com o objetivo que aumentarem as suas vendas.

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  11. TURMA A - JOGO DE HANDEBOL

    Gabriel Carneiro RA: 21002215
    Fernando Augusto RA: 21001015
    Vinicius de Paula RA: 21036715
    Lais Nittolo RA: 21016015
    Victor Rodrigues RA:21016715
    Leonardo Monteiro RA: 21013015
    Henrique Ferrari RA: 21050715

    Na palestra foi bastante destacada a questão do gênero como construção social, ou seja, algo que foge da lógica biológica binária de "homem ou mulher" e salta para uma esfera muito mais complexa, onde cada traço do convívio em sociedade importa, e importa muito. Abrir esse tipo de discussão foi e é essencial, uma vez que a construção tendenciosa de conceitos de masculinidade e feminilidade pela mídia ou por agentes sociais com interesse nesse tipo de ação, que bombardeia o indivíduo desde a infância, acaba "tomando" a mente das pessoas com ideias uniformemente corrompidas sobre o assunto, limitando as possibilidades de exploração das características próprias dos sujeitos em favor de ideais pífias de "macho e fêmea".
    É importante também deixar claro o modo como os indivíduos fazem alterações no espaço social no que se refere ao gênero, impondo aos outros e a si mesmo padrões comportamentais que são associados restritivamente ao caráter biológico de gênero, ou seja, um preconceito que precisa ser desconstruído para garantir a liberdade de identificação. Butler, uma filósofa estadunidense, faz uma análise ainda mais aprofundada. Para ela existem inúmeras identidades de gênero e, por ser a essa identidade algo construído ao longo da vida, ela conclui que a própria definição de gênero do indivíduo não é estável.
    Além das relações entre sexualidade e gênero permeados e moldados pelo tecido social, também foi posta para debate a forma com que as estruturas ideológicas e as infraestruturas econômicas hierarquizam e subjugam os sujeitos através da concepção de gênero, oprimindo e coisificando a mulher. A organização econômica capitalista estabelece interações no tecido social que são favoráveis as suas próprias necessidades de desenvolvimento de caráter demasiadamente competitivo, homogeneizante e fixo em sua lógica de lucro e acumulação. As relações de poder colocam o homem em posição de superioridade em relação à mulher e os demais entes. Desenvolvendo-se como ser social seguindo essa lógica de "superioridade", o homem é estimulado por esse sistema a buscar acúmulo de poder através das posses materiais e ideológicas, como, por exemplo, carros de luxo ou status social, e a mulher acaba sendo vista como apenas uma extensão das posses do homem, ocorre uma objetificação da figura feminina. A mídia e anúncios de bens de consumo nos bombardeiam constantemente com essa ideia, sendo um claro exemplo as propagandas de bebidas alcoólicas que colocam uma mulher ideal (com uma estética imposta pelas tendências do mercado capitalista da moda e cosméticos) que serve um grupo de homens.
    Observa-se que além da "coisificação" da mulher ocorre uma inferiorização de sua imagem em relação à participação nas estruturas de poder e de mercado, figurando sempre como servil. A luta pela equidade de direitos é uma luta que merece total destaque e apoio, pois o ideal machista promovido pelas estruturas capitalistas expande seu poder de opressão às esferas mais sutis de nossas relações em sociedade.

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  12. TURMA A - Cultura Inglesa Festival
    Gabriela Santos Grippe (RA: 21052515)
    Giovanna Arícia Dagel Souza (RA: 21049015)
    Maria Victória Cavalcanti Alexandre (RA: 21069715)
    Mariana Pezzo dos Santos (RA: 21013315)
    Mayara Lontro Antunes (RA: 21028715)
    Tamara Portis Tobias (RA: 21079315)

    O conceito de gênero foi formulado na década de 1970, a partir da influência da segunda onda do movimento feminista e do movimento LGBT, de modo a distinguir as questões biológicas (sexo binário e anatomia) das questões sociais e culturais (diferenciação entre comportamentos masculinos e femininos).
    Apesar de ser fundamentado com raízes feministas, principalmente com a literatura de Simone de Beauvoir, após os anos 1990 os estudos de gênero assumiram uma nova dimensão, idealizada por Judith Butler em sua teoria queer, essa que, principalmente, questiona a ordem compulsória entre sexo, desejo e gênero. Butler defende acirradamente a quebra desta lógica heteronormativa, baseada na naturalização das práticas heterossexuais.
    Para ela, a repetição de hábitos construídos é sintetizada no conceito de performatividade, no qual o papel social da mulher e do homem é definido através das repetições de condutas socialmente aceitas a partir de seu sexo biológico, com o sexo masculino atrelado à força, chefia de empresas e portador de objetos de alto valor; e o sexo feminino como algo delicado e frágil, a mulher sempre bem arrumada e preocupada com a maternidade e com o lar. Porém, como os estudos recentes mostram, a identidade de gênero não é estável e não está relacionada com os tópicos de sexualidade e desejo. Ela é construída e constituída a partir das influências espaço-temporais.
    A despeito das crenças religiosas e sociais da concepção de que o gênero, o sexo e o desejo estão atrelados aos sexos binários e suscetíveis à heteronormatividade estável, a tendência é que haja uma quebra desses ideais e uma fragmentação cada vez maior das identidades de gênero na modernidade.

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  13. (Museu da diversidade - Turma A)
    Gabrielle Rosa - RA:21074015
    Giuliana Griletti - RA:21046315
    Larissa de Carvalho - RA:21050015
    Patrícia Figueira - RA:21056615
    Lucas Espinidola - RA:21053715
    Leonardo Godoy - RA:21048815
    Tomas Soares - RA:21029215

    O conceito de gênero ao longo dos tempos foi se modificando de acordo com as mudanças ocorridas na sociedade e deixou de ser algo extremamente fixo. Questões políticas ligadas ao capitalismo condicionam o individuo a determinadas ações e características que devem ser seguidas, que são as consideradas as ideais.

    O tratamento recebido pela família também tem papel importante na construção de identidade de gênero do individuo.A lógica de uma pessoa estar condicionada a necessariamente sentir atração por alguém do sexo oposto está ligado a reprodução e a integração entre gênero, sexo e desejo. Desta maneira quem nasce mulher está condicionado a se identificar ao "universo rosa", como brincar de boneca e com brinquedos que simulem faxinas dentre outros, além de ter que seguir determinados comportamentos, como por exemplo ser frágil e quem nasce menino esta rendido ao "universo azul" como por exemplo ter que gostar de futebol. Porém algo longo do tempo esses conceitos pré determinados não se caracterizam mais assim e a sociedade, além de seguir padrões que são considerados os ideais e que devem ser seguidos, tem de enfrentar tais mudanças.

    Blutter, definiu gênero como uma identidade construída e não como algo estável. Assim pode-se depreender que o individuo vai formando e caracterizando sua identidade de acordo com se gostos e identificações sem ter que seguir o que a sociedade considera o ideal para ele, ou que uma religião diz que deve ser feito.

    Os movimentos feministas e a comunidade LGBT tem feito com que a sociedade encare essa realidade e que todos devem ser aceitos de acordo com suas identificações e características.

    A ideia do consumismo também tem influenciado diretamente individuo na construção de sua identidade, pois como vivemos em uma ordem compulsória, tudo o que será demonstrado e consumido será considerado um padrão certo a ser seguido e a ser identificado, explorado e difundido principalmente pela mídia. Desta maneira todos esses padrões podem gerar consequências graves no comportamento das pessoas, como por exemplo o desenvolvimento de distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia; depressão e a automutilação.

    A questão de gênero tem grande importância para a integração da sociedade atual. O padrão universal de gênero é difundido seguindo estereótipos tanto social como biológicos que devem ser explorados e essa nova situação vivenciada na sociedade, está presente para demonstrar que nem tudo é preto no branco, e que cada individuo tem o direito de ser como que ele se identifica e que a diversidade deve ser respeitada, sem que suas singularidades e características sejam afrontadas.

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  14. Turma A - Templo Budista

    Dariane Souza - 21057415
    Fernanda Silva - 21084915
    Francisco Leão - 21061715
    Marcela Cardoso - 21077915
    Marcelo Camargo - 21051715
    Michel Ramos - 21078915
    Paloma Trevisan - 21084215
    Paula Mendonça - 21063715
    Raquel Izquierdo - 21012115

    Termo formulado nos anos 1970 pela influência do pensamento feminista, gênero significa que homens e mulheres são resultados da realidade social e não consequência da anatomia de seus corpos, portanto para as ciências sociais e humanas, esse tema se refere à construção social do sexo anatômico.
    Além disso, segundo a filósofa Judith Butler, gênero não é uma identidade estável ela é uma constituída sutilmente ao longo do tempo e é instituído num espaço externo por meio de uma repetição estilizada de atos. Com isso, por motivos políticos e econômicos, ocorre a imposição dos sexos binários com suas atividades heterossexuais e da hierarquia masculina em diferentes contextos sociais. Assim, Butler evidencia a necessidade de subverter a ordem compulsória, desmontando a obrigatoriedade entre sexo, gênero e desejo.

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  15. Turma B – Culto Religioso Africano

    Vinicius Moreira – 21033815
    Gabriel Louredo – 21068415
    Felippe Satoshi – 21002715
    Rodrigo Martins – 21053415
    Raul Lima e Silva - 21016115
    Victor Ferrer Bortoni - 21038415

    A identidade de gênero é um conceito construído, não sendo classificado como uma característica inerente ao ser humano. Tal construção se dá desde a primeira infância, onde a partir do momento em que a criança passa a desenvolver, toda uma carga cultural identitária começa a ser nela colocada.

    A separação entre gêneros, masculino e feminino, é uma questão muito mais profunda do que uma classificação biológica, é uma bussola adotada por terceiros, com o objetivo de avaliar e nortear as ações do individuo, separando o que é adequado do que não é. Essa proposição se exemplifica a partir das diferentes educações e desenvolvimentos dados as meninas e meninos, cabendo as primeiras brincarem com bonecas e casinhas, em oposição aos bonecos e carrinhos impostos aos últimos.

    Diversos fatores influenciam na separação das identidades de gêneros, como questões culturais, religiosas, políticas e biológicas, e que somadas definem o que é ser homem, ou o que é ser mulher. O caso da mulher é ainda mais especifico e interessante do que o primeiro, uma vez que além de adaptar-se a cultura feminina, a mulher tem sido obrigada a alinhar-se com a cultura masculina, que motivada por um padrão irreal e ilusório, cobra a perfeição estética e associa a esta, diversos outros valores. Não existe a mulher perfeita, o que de fato existe são mulheres que arriscam de tudo para se enquadrarem num conceito masculino e idealizado.

    A identidade de gênero, é portanto, um conceito artificial e criado de forma facilitar a divisão da sociedade e a subsequente especificação de funções nesta, um conceito inserido desde cedo, e que exerce grande influencia na forma de um individuo agir e pensar.

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  17. TURMA B - GRUPO 6: TEMPLO BUDISTA

    Joely da Silva Nunes - RA: 21084515
    Karoliny Mesquita de Oliveira - RA: 21074215
    Marina C. Franco - RA: 21015215
    Paulo Henrique Campos Gal - RA: 21027415
    Raul Garcia Simões - RA: 21084715
    Ravi Soares Chagas - RA: 21047815
    Renan Barbosa - RA: 21012015
    Renato Carlos Felix - RA: 21058415

    Podemos perceber que a diferenciação binária entre masculino e feminino, é um conceito construído histórica e culturalmente pela sociedade, ou seja, é algo não inerente à natureza humana. Sendo assim, o conceito cultural do que é “feminino” e “masculino”, como os gostos e atitudes que um homem ou mulher supostamente devem ter e apresentar, não é necessariamente relacionado com seu sexo biológico.
    É necessário, para o melhor entendimento do assunto, haver a diferenciação entre sexo biológico (como a pessoa nasceu), a identidade de gênero (como a pessoa se sente) e a orientação sexual (do que a pessoa gosta). O papel do que conhecemos sobre a identidade e as suas relações com o sexo biológico é fortemente moldado pela religião e pela política. Podemos citar por exemplo, os vários Estados que não permitem manifestações homossexuais e algumas religiões que ligam fortemente o sexo biológico com a orientação sexual.
    Outro fator fundamental para a formação do senso comum de identidade de gênero é exercido pela mídia, que nos impõe padrões de beleza surreais e forma o esteriótipo do que é ser “mulher” e “homem”, através da publicidade e do marketing.
    É importante o debate sobre a questão de gênero e identidade pois a força exercida pela política, cultura e religião acaba excluindo diversos grupos sociais e tentando moldar um padrão superficial e irreal do que somos e do que “devemos ser”.

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  19. Alunos:
    Gabriela Negrisiolo Ferreira - RA: 21058615
    Caio Ferreira- RA:21042315
    Paloma Flores- RA:21052315
    Aldair Mateus -RA:21043615
    Francisco Edurado Boldo-RA:21036915
    Guilherme Trindade- RA:21041715

    Grupo : Museu Afro Brasil - Turma B

    Para entender o conceito de identidade de gênero, exposto na palestra, torna-se necessário a distinção entre dois outros termos, quais sejam: sexo biológico e orientação sexual. O primeiro relaciona-se com o fator biológico, ou seja, características genéticas que o distinguem os seres humanos. Entretanto, orientação sexual está ligada a atração que o individuo sente, por quem ele se sente atraído.
    Neste sentido, o conceito de identidade de gênero foi historicamente e culturalmente construído partindo de valores preexistentes na sociedade. A comunidade molda e aplica uma diferenciação binária entre masculino e feminino, estereotipando o que é ser homem e o que é ser mulher, sendo que estas não são inerentes ao homem.
    Fatores políticos, religiosos e a própria mídia exercem um papel incisivo na tentativa de enquadrar a orientação sexual ao sexo biológico. Padrões de beleza impostos pela mídia, a objetificação da mulher em campanhas publicitarias, o conceito de família construído através da religião, a difícil participação social da mulher, entre outros fatores, fizeram emergir movimentos como o feminista e o movimento LGBT, que lutam pelos direitos das minorias, preservando, assim, a igualdade como princípio presente na Constituição.
    Alguns significativos avanços foram conquistados, podendo citar, como exemplo, o voto do ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto, que julgou procedente o pedido de reconhecimento da união homo afetiva como entidade familiar. Este ato serve claramente para exemplificar como a política e as decisões tomadas pelo poder público afetam diretamente a identidade de gênero das pessoas

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  20. Turma B - Grupo 03 - Festa de Cultura Latina

    Caroline Satye (21055615)
    Gabriel Ishiara (21071715)
    Hector Palma (21026215)
    João Gabriel Calabrez (21079215)
    Vinícius Risério (21055015)
    Wagner Val (21049315)


    Na palestra sobre identidade, gênero e sexualidade, podemos notar a diferenciação binária (masculino e feminino) como um conceito construído historicamente pela sociedade. Para o senso comum, definido como uma diferença biológica, orgânica entre esses dois grupos, acarretando em diversos valores que ditam a existência de cada gênero, estabelecendo desta forma o que é certo ou não, na sua vestimenta, atitude, profissão.
    Em nossa sociedade, os termos Sexo (aqui sempre tratado como biológico) e orientação sexual são comumente confundidos. Sexo, é à característica a qual diferencia todos humanos entre fêmeas, machos ou em casos raros hermafroditas. Já orientação sexual é aquilo com o qual nos atraímos. Ainda temos a identidade de gênero que é como o indivíduo se sente.
    Sabemos que todas as sociedades são moldadas de valores religiosos, políticos, compreendendo culturas. Que felizmente ou infelizmente acabam por serem influenciadas. Felizmente do lado positivo, pois existem sociedades que são mais abertas ao assunto da orientação sexual e identidade de gênero, como os países escandinavos, ou até mesmo Israel que permite o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo há anos. Podemos dizer que estes são países “laicos”. E infelizmente ainda existem países que não aceitam qualquer tipo de manifestações homossexuais, sendo um crime caso esta prática ocorra, como o Sudão do Sul. Países quem eu suma são demasiadamente religiosos, seguindo algum tipo de livro sagrado.
    Uma questão cultural que podemos citar que influencia e muito é a das cores. Foi só entre 1920 e 1950 que as lojas começaram a sugerir azul para eles e rosa para elas, como forma de agitar as vendas. Essa imposição social tem sido reforçada desde então. Ou aquela de que meninas devêm brincar de casinha e meninos jogar bola. Criando uma padronização do que seria correto seguir para a vida do indivíduo.
    Outro paradigma deste conjunto de valores agregados à identidade de gênero são os das mídias (televisão, propagandas, internet e outros) que passam para o espectador uma imposição estética a ser seguido que como dito pela escritora/pesquisadora de gêneros Jean Kilbourne seria impossível, causando uma grande frustração dos indivíduos por não corresponderem ao padrão de beleza proposto. Além de citar um modelo de mulheres, um padrão, realmente como uma “objetificação” das mulheres, criando assim mais um modelo que “deve” ser seguido pelas mulheres.

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  22. Turma B - grupo 4 - ADUS
    Gabriela Kalleder - 21001615
    Giulia Marques - 21058215
    Ivo Tavella - 21012515
    Juliana Dio - 21047215
    Karina Tiemi - 21055415
    Lívia Arcocha - 21014015
    Marina Convertino - 21006515

    A identidade de gênero não tem uma fórmula pronta, mas historicamente, houve um movimento de introdução de valores na sociedade capazes de estabelecer e impor uma ordem compulsória, que exige coerência total entre um sexo, um gênero e o desejo que são obrigatoriamente heterossexuais.
    O fator biológico é de grande peso na definição da identidade de gênero já que há uma verdade institucionalizada de que pessoas que possuem órgãos sexuais “masculinos” são homens, enquanto pessoas que possuem órgãos sexuais “femininos” são mulheres.
    Entre os fatores que compõem a ordem compulsória podemos destacar também os culturais, ou seja, os modos como homens e mulheres devem se vestir, usar a linguagem, expressar sentimentos, quais devem ser seus gostos musicais, esportivos ou televisivos, e, também, com quem devem se relacionar. Homens devem se relacionar apenas com mulheres e vice-versa.
    Dessa maneira, a identidade de gênero se forma a partir da repetição estilizada de atos, ou seja, deriva de uma série de ideias naturalizantes que reforçam a obrigatoriedade da heterossexualidade.
    A religião, principalmente o cristianismo, exerce sua influência no sentido de que, ao definir uma estrutura familiar única, que só é possível no relacionamento entre um homem e uma mulher, institucionaliza o binarismo macho-fêmea, em um movimento que se opõe à diversidade de gêneros.
    Outro fator importante é a cultura do machismo, que reforça a lógica da “maneira de ser homem” versus “maneira de ser mulher”, estereotipando ambos os sexos. A mídia e a publicidade são poderosos meios de disseminação desse pensamento, principalmente no que diz respeito ao ideal de beleza feminino.
    Contudo, desde as décadas de 1960/1970, o feminismo vêm questionando todos esses valores, propondo uma nova relação entre o indivíduo, sua identidade de gênero e os fatores externos que a influenciam, lutando pelo fim do binarismo, pela destruição das barreiras impostas pela cultura e pela religião no sentido de garantir maior liberdade de escolha de gênero e maior respeito à diversidade.

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  23. Grupo Museu do Imigração – Turma A

    André Leonenko Cortopassi 21041915
    Carlos Augusto Peres 21054615
    Graciela Medina Rivera Guillén 21050515
    Lucas Bocalon Santos - RA: 21053215
    Lucas Gonçalves Antoniaci 21017215
    Maria Fernanda Chagas Silva 21007715
    Mariana Martins Pantuffi 21000715
    Pedro Caio Feitosa Teles 21006415

    A identidade de gênero é um conceito recentemente criado para denominar a construção social criada a partir do sexo anatômico.
    Durante muito tempo, a ideia de gênero foi equivocadamente confundida com a de sexo biológico. Ou seja, tudo aquilo culturalmente idealizado para compor o quadro binário “masculino” e “feminino” era instituído como inerente à anatomia sexual do homem e da mulher.
    Ao longo do tempo, a definição de feminilidade foi sendo construída em torno de características como fragilidade, sensualidade e afetividade, enquanto masculinidade foi se tornando sinônimo de virilidade e rusticidade. Essa classificação, imposta tanto a mulheres quanto a homens, limitava a expressão dos indivíduos a um conceito fixo e imutável de comportamento. Toda manifestação de caraterísticas que fugissem a esse padrão predefinido se tornava alvo de críticas, uma vez que a religião, a cultura e a tradição interpretam tudo aquilo que não se encaixa nesse ideal binário fixo como errado.
    No mundo ocidental, vemos uma forte influência do cristianismo na criação do ideal de gênero. No cristianismo, assim como na maioria das religiões, essa categorização é resultado da necessidade de identificação dos indivíduos dentro de uma seita: a criação de um ideal de feminino e de masculino a ser seguido por todos os adeptos conduzia à convergência e à criação de um sentimento de união dentro do grupo.
    Ainda sobre a religião, percebe-se que muitos chefes religiosos ainda hoje propagam visão de ódio e repulsa à diversidade (seja sexual, de gênero, etc.), baseando-se em interpretações arbitrárias e facciosas dos textos sagrados de suas respectivas doutrinas. Atualmente, porém, vemos que muitos estudiosos começam a questionar a legitimidade de certos trechos bíblicos, por exemplo, uma vez que diversas partes do escrito já se mostram claramente obsoletas hoje em dia.
    Hoje vemos que esse binarismo, tanto na identidade de gênero - masculino e feminino - quanto na sexualidade – heterossexual ou homossexual -, nada mais é do que uma forma de classificação, que a cada dia se mostra mais obsoleta. Apesar da anatomia sexual e os hormônios terem sim efeito sobre questões comportamentais, a própria biologia derruba as ideias de binarismo e de papel social de gênero, uma vez que institui a diversidade como algo natural e inerente aos seres vivos.

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  24. Grupo Museu do Imigração – Turma A

    André Leonenko Cortopassi 21041915
    Carlos Augusto Peres 21054615
    Graciela Medina Rivera Guillén 21050515
    Lucas Bocalon Santos - RA: 21053215
    Lucas Gonçalves Antoniaci 21017215
    Maria Fernanda Chagas Silva 21007715
    Mariana Martins Pantuffi 21000715
    Pedro Caio Feitosa Teles 21006415

    A identidade de gênero é um conceito recentemente criado para denominar a construção social criada a partir do sexo anatômico.
    Durante muito tempo, a ideia de gênero foi equivocadamente confundida com a de sexo biológico. Ou seja, tudo aquilo culturalmente idealizado para compor o quadro binário “masculino” e “feminino” era instituído como inerente à anatomia sexual do homem e da mulher.
    Ao longo do tempo, a definição de feminilidade foi sendo construída em torno de características como fragilidade, sensualidade e afetividade, enquanto masculinidade foi se tornando sinônimo de virilidade e rusticidade. Essa classificação, imposta tanto a mulheres quanto a homens, limitava a expressão dos indivíduos a um conceito fixo e imutável de comportamento. Toda manifestação de caraterísticas que fugissem a esse padrão predefinido se tornava alvo de críticas, uma vez que a religião, a cultura e a tradição interpretam tudo aquilo que não se encaixa nesse ideal binário fixo como errado.
    No mundo ocidental, vemos uma forte influência do cristianismo na criação do ideal de gênero. No cristianismo, assim como na maioria das religiões, essa categorização é resultado da necessidade de identificação dos indivíduos dentro de uma seita: a criação de um ideal de feminino e de masculino a ser seguido por todos os adeptos conduzia à convergência e à criação de um sentimento de união dentro do grupo.
    Ainda sobre a religião, percebe-se que muitos chefes religiosos ainda hoje propagam visão de ódio e repulsa à diversidade (seja sexual, de gênero, etc.), baseando-se em interpretações arbitrárias e facciosas dos textos sagrados de suas respectivas doutrinas. Atualmente, porém, vemos que muitos estudiosos começam a questionar a legitimidade de certos trechos bíblicos, por exemplo, uma vez que diversas partes do escrito já se mostram claramente obsoletas hoje em dia.
    Hoje vemos que esse binarismo, tanto na identidade de gênero - masculino e feminino - quanto na sexualidade – heterossexual ou homossexual -, nada mais é do que uma forma de classificação, que a cada dia se mostra mais obsoleta. Apesar da anatomia sexual e os hormônios terem sim efeito sobre questões comportamentais, a própria biologia derruba as ideias de binarismo e de papel social de gênero, uma vez que institui a diversidade como algo natural e inerente aos seres vivos.

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  25. TURMA A. Grupo: Reverta - Arte e Sustentabilidade.

    Felipe Lobo de Barros Moura Valle
    Fernando Lima Amaral MArques
    Gabriela Alves dos Santos
    Henrique Lima Amaral Marques
    Michel Aparecido Braga Vecchi

    O gênero binário sempre prevaleceu, e foi se fortalecendo com o crescimento do capitalismo, que impōe o modo de constituiçao familiar. Um modelo familiar (casal homem e mulher, e seus filhos) foi estabelecido. Esse modelo de família aumentaria a população necessária para criar uma maior mão de obra disponível, aumento assim, a produção e impulsionando o capital.

    O modo de constituição binário é aceito pela igreja pois, ao observar a biologia, é clara a relação macho e fêmea para fins de reprodução e apropriando-se deste conceito para idealizar o casamento.
    O casamento tambem e uma forma utilizada pelo capitalismo para acumulo de patrimônio.

    Atualmente, as diferenças de gênero vem se estabelecendo na sociedade, mesmo que ainda de forma gradativa. Há um esforço politico para que essa nova concepção seja reconhecida e, progressivamente, ser aceito pela sociedade. A conquista do reconhecimento deste movimento ainda é um processo. O casamento de pessoas de mesmo sexo nos EUA é um marco importante para esse movimento, sendo a maior economia do mundo, influência outras nações a repensarem sues conceitos de união afetiva.

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  26. Acerca aos temas desenvolvidos em aula é possível analisar como há influências sociais, ditando comportamentos específicos para cada gênero, estereotipando, acima de tudo, costumes, trejeitos e ações, tendo em vista que essas influências decorrem desde a primeira infância, caracterizando o que é próprio feminino ou masculino, comportamento justificado por questões biológicas e culturais de cada sociedade.
    A questão identitária de gênero é explicita, onde há pressões à aqueles que saem da normatividade, por parte da sociedade, esta que ainda se pauta intensamente na moral cristã burguesa, que numa lógica binarista separa em polos extremos os sexos biológicos (macho e fêmea) e lhes atribuem papéis de gênero performados socialmente. Qualquer indivíduo que fuja a essa regra tende a ser rechaçado, excluído, marginalizado e até mesmo "corrigido" para que se adeque ao sistema tido como normal.
    Para sair dessa "normalidade moral" não é preciso muito: uma mulher que não aceite a submissão ao homem, um homem que prefira as atividades domésticas e etc... Pessoas à margem dos papéis de gênero são prejudicadas a essa ordem compulsória de coerência entre sexo biológico, papel de gênero e desejo sexual, pois isso contraria a família tradicional onde há um casal hétero e filhos que seguirão a mesma ordem perpetuando assim o sistema cristão capitalista de produção e consumo.

    Grupo da Parada LGBT - Turma B
    Ana Clara Tomaz Carneiro - RA: 21054115
    Beatriz Lazaro Pinheiro - RA: 21031915
    Karl Malone Magalhães - RA: 21038915
    Larissa Félix C. Santos - RA: 21049715
    Larissa O. Paschoin - RA: 21057315
    Matheus Kojiro Sasaki - RA: 21008615
    Nathalia S. Ramos - RA: 21044715
    Odair Almeida da Silva - RA: 21048715
    Thaís Regina Mendes da Silva - RA 21070115

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  28. Grupo da cultura indígena -Turma A

    Na atualidade, estereótipos criados baseados na objetificação e padronização dos corpos tornam a aparência uma vertente muito importante para a inserção no meio social. Propagandas, programas de tv, fotos em revistas e jornais estampam mulheres magras, em poses sensuais, com corpos perfeitos e linhas de expressão suaves, afirmando que esse é um padrão a ser seguido, e quem se posicionar diferente ou contra a isso, será discriminado.

    Isso se agrava a medida que intensifica o processo de objetificação da mulher, os ideais de beleza, a violência sexual, afetando toda a sociedade.É um problema público, que merece toda a atenção e necessita de transformações emergenciais.

    Além disso, podemos também citar que a identidade de gênero é um ponto importante a ser discutido, pois, desde o principio, essa tal identificação se baseou na questão física ( homem, mulher, macho, fêmea, menino, menina).Com o passar do tempo, transformações politicas, sociais, intelectuais e identitárias desconstruíram essa correlação com o físico e denominação binária. Hoje em dia, a questão identitária está muito mais associada a desejos, experiências e anseios ao longo da vida e que não necessariamente são fixos, podendo se transformar a medida que os anseios mudem.



    Percebe-se então, que grupos sociais oprimidos tem lutado cada vez mais pelos seus direitos de igualdade. Como consequência, estão conquistando uma maior visibilidade na sociedade moderna, mas ainda assim sofrem grande preconceito por parte de uma população conservadora, que segue padrões impostos e vistos como certos antigamente. Sendo assim, a luta de gêneros está longe de acabar, deve tornar-se cada vez mais forte até atingir um patamar ideal e a conquista da liberdade, do respeito e dos direitos de todos.

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  29. É concebido que os meninos terão disposição ao azul, ao desenvolvimento de força, aos cabelos e unhas curtas, personalidades mais metódicas e menos sentimentalistas. Sucesso profissional, sexual e social. Enfim, a sempiterna corrida do indivíduo de sexo masculino ao macho alfa. Já para as meninas: o rosa, cabelos e unhas compridas, delicadeza, fragilidade; símbolos opostos aos representativos da masculinidade. Fica evidente a ligação coercitiva entre sexo e gênero, dois conceitos diversos construindo um só. É neste panorama que surgem estudos como os da filosofa Edith Butler demonstrando a diferença entre sexo (fator biológico) e gênero (conceito construído culturalmente, ‘questão da permatividade’). O gênero é assim um produto em constante transformação moldado pelas questões religiosas, - conceito de homem e mulher cristãos-, político-sociais - o homem capitalista bem sucedido ''patrono do lar''-, e as questões culturais ( aparência físicas, modos comportamentais, entre outros). Esses constantes fluxos de imposições colidem para formar o conceito de gênero intrínseco ao sexo. Esse fluxo acompanhado da difusão mediática de conceitos/símbolos de normalidade contribui para que aqueles que não se identificarem neste complexo, sejam excluídos, sofram diversos tipos de violência e a dificuldade de auto-aceitação. Apesar dos transtornos, o fluxo de normalidade (sexo é gênero) se mantém intacto, contribuindo para a aniquilação das diversidades.

    Turma B - Baile Funk
    Alina Silva – 21060615
    Caio Rampazzo – 21065415
    Gabriela de Assiz - 21017815
    Joyce Voltolini - 21050115
    Julia Leone – 21057015
    Letícia Almeida – 21021715
    Maria Helena Sabino – 21061415
    Natalia Bonifácio - 21084615

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  30. GRUPO FESTA DO ROSÁRIO - TURMA B
    RA 21011515 Isabella de Oliveira Gigek
    RA 21046115 Isadora de Lara Stipler
    RA 21052715 Rodrigo Higa
    RA 21059415 Carlos Henrique Cruz Braz
    RA 21055815 Barbara Heliodora Ribeiro Cesar Dantas
    RA 21075815 Daniela Moraes de Freitas

    A palestra sobre identidade de gênero nos permitiu uma reflexão dos papeis sociais tradicionalmente designados a um gênero ou outro.
    Como discutido, esses papeis sociais já são "determinantes" (ou tentam ser) antes mesmo do nascimento:
    • se o bebê é do sexo feminino, será uma "princesinha", que usará roupas rosas, brincará de boneca e dançará ballet.
    • se o bebê é do sexo masculino, será um "garotão", que brincará com carrinhos, jogará futebol, mas interessante notar que embora a cor "padrão" para roupas de garotos seja azul, eles podem usar todas as outras cores (menos rosa, pq "é de menina", e estas por sua vez só parecem ganhar coisas de cor rosa).
    Essa pressão de padronização dos gêneros determina que o "normal" é uma sociedade apenas de pessoas cis-gêneros e heterossexuais. Por exemplo: um homem que se identifica e cumpre os papeis sociais masculinos e que sente atração sexual e interesse romântico por uma mulher igualmente heterossexual e cis-gênero.
    Uma pessoa fora desses padrões torna-se deslocada/não integrada e até marginalizada na sociedade, virando alvo de estranhamento, crítica e chacota. Isso traz óbvias conseqüências psico-sociais: a pessoa sente-se deslocada, "incompleta" (achando que algo nela está errado ou faltando), depressiva ou também frustrada por não ter o reconhecimento e aceitação que merece.

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  31. Grupo Orquestra Sinfônica - Turma A
    Aneliz Nunes Candia - RA: 11026412
    Thayná Gonçalves - RA: 21058715
    Camila Garcia Rocha - RA: 21009715
    Mariana Carrasco de Moura - RA: 21048415
    Fabrício Naccarati Marcon - RA: 21010015
    Cristina Oshima Akama - RA: 21058115
    Katiele A. Santana - RA: 21049615
    Giulia Anni Ferrazzano - RA: 21058315

    A identidade de gênero é um conceito multi-facetado, concebido por diferentes aspectos da sociedade, incluindo as questões culturais, religiosas, políticas e biológicas. Percebe esse amplo espectro para sua definição, se tomarmos como base de que a concretização de qualquer ser depende de mais de um aspecto da sociedade, das influencias históricas e do contexto na qual se insere, a questão de gênero não difere.
    Dentro das ciências sociais, entende-se o conceito de gênero como construção social a parte do sexo anatômico, que defende que a diferenciação de gêneros, ou seja, o que é ser mulher ou ser homem, é definida culturalmente ao invés de ser a biologia o agente que demarca essa binariedade.
    A partir da análise cultural, percebemos que a sociedade, tanto ocidental quanto oriental, afirma a inferioridade da mulher a todo momento, desse lado do globo, a mídia coisifica o gênero feminino, assimilando a imagem da mulher com produtos, e essa desumanização abre espaço a violência. Além disso, os meios de comunicação perpetuam e exaltam o capitalismo que sobrevive às custas da saúde da mulher quando vendem uma imagem padrão na qual a mulher deve se encaixar, ou seja, vendem o inalcançável. Assim surge uma busca sem um fim, tornando cada vez mais os grandes capitalistas ricos, na medida em que a autoestima da mulher diminui, o que pode trazer consequências gravíssimas.
    Dentro da religião católica percebemos a perpetuação da ideia de submissão feminina e da maternidade compulsória, ou seja, o papel da mulher na sociedade é procriar e cuidar da família, submetendo o gênero a outro padrão para se encaixar, caso falhe nessa “missão”, torna-se indigna. O gênero feminino se vê, novamente, na necessidade de se adequar a normatividade imposta.
    A construção de feminilidade e masculidade, que é formada culturalmente, hierarquiza o “ser homem” em detrimento a “ser mulher: a coragem, a força, a astúcia, enfim, o ser racional que, na lógica patriarcal, representa o gênero masculino, fortalece a ideia de superioridade masculina, sobrepondo o papel do homem nos ambientes de trabalho, familiar, etc. Enquanto o gênero feminino, tido como emocional e frágil, é desvalorizado nesses mesmos locais por conta dessas características que deslegitimam a capacidade de competência.

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