quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Diferenças e Hibridismos da cultura oral e escrita

O conceito de cultura, atualmente, faz referência a tudo o que se pode absorver de uma sociedade em questão, desde a música, dança e culinária, até superstições e modos de pensar e agir.
Na metade do século XVIII, intelectuais europeus separaram a cultura em dois polos: cultura popular e cultura erudita. A cultura popular provém do povo e tem como base a oralidade, composta por ritmo, repetições e mágica (não é exata). Já a cultura erudita é representada, em sua maioria, pela elite (detentores de dinheiro e saber científico) e é baseada na escrita, que fixa a história em tempo e espaço.
Petrônio Domingues afirma que as distinções entre os polos da cultura são permeáveis, podendo ocorrer hibridismos, e interdependentes entre si. O autor também explica que ambos estão em constante movimento, sofrendo ajustes, desajustes e reajustes a todo momento.
No filme “Narradores de Javé”, por exemplo, o vilarejo, que funciona apenas com o uso da oralidade, está prestes a ser inundado pela construção de uma usina hidrelétrica. Para que isto não aconteça, é preciso escrever “cientificamente” história do local, colocando no papel as múltiplas memórias dos moradores e, assim, transformar Javé em patrimônio histórico a ser preservado.
O filme, portanto, demonstra a interligação entre as culturas, na qual a oral teve de ceder à escrita para garantir sua existência.










Glaucia Neix - aluna do Bacharelado de Ciências e Humanidades da Universidade federal do ABC









Bruno Correa - aluno do Bacharelado de Ciências e Humanidades da Universidade Federal do ABC

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