quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Relação entre espaço e tempo na pós-modernidade

Na pré-modernidade, as identidades eram fixas a tempo e espaço. Com a contemporaneidade (pós-modernidade), aceleração do tempo e diminuição dos espaços, estas se tornaram fragmentadas e descentradas.
Stuart Hall define 5 motivos para este descentramento: a teoria de Marx sobre o trabalho, a descoberta do inconsciente por Freud (considera a identidade como algo móvel), o estudo de Sousurre (diz não sermos autores das afirmações que fazemos), o estudo e trabalho do poder disciplinar por Michel Foucalt e os movimentos que marcaram os anos 60, que buscavam fixar a identidade de cada grupo, como o feminismo e o movimento hippie.
Bauman diz não saber se a pós-modernidade é um período que durará séculos ou apenas a transição de uma ordem social para outra. Porém, afirma que consequências já podem ser notadas. Por um lado, facilitou-se o processo de relações interpessoais, porém, por outro lado, os laços humanos estão cada vez mais frágeis, visto que é muito fácil fazer amizades e muito mais atrativo desfazer-se delas. De acordo com o sociólogo, “estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”.
A pós-modernidade traz consigo o acúmulo de informações, que facilita a perda da memória (esquecimento). Memória esta que é fluída, afetiva e mágica.
Como consequência deste esquecimento, torna-se necessária a criação de lugares de memória, que são divididos de três maneiras: materiais (onde a memória se fixa e é apreendida pelos sentidos), funcionais (que tem ou adquirem a função de estabelecer memórias coletivas) e simbólicos (onde a memória se revela).
Alguns exemplos do processo identitário relacionados com a pós-modernidade são, portanto: a facilidade na comunicação (antes por carta, agora via internet), o estilo de “amizade do facebook” descrito por Bauman e a perda da ideia de nacionalidade, devido ao estreitamento das fronteiras. 











Glaucia Neix - aluna do Bacharelado de Ciências e Humanidades da Universidade federal do ABC









Bruno Correa - aluno do Bacharelado de Ciências e Humanidades da Universidade Federal do ABC

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