Na pré-modernidade, as
identidades eram fixas a tempo e espaço. Com a contemporaneidade
(pós-modernidade), aceleração do tempo e diminuição dos espaços, estas se
tornaram fragmentadas e descentradas.
Stuart Hall define 5 motivos
para este descentramento: a teoria de Marx sobre o trabalho, a descoberta do
inconsciente por Freud (considera a identidade como algo móvel), o estudo de
Sousurre (diz não sermos autores das afirmações que fazemos), o estudo e
trabalho do poder disciplinar por Michel Foucalt e os movimentos que marcaram
os anos 60, que buscavam fixar a identidade de cada grupo, como o feminismo e o
movimento hippie.
Bauman diz não saber se a pós-modernidade
é um período que durará séculos ou apenas a transição de uma ordem social para
outra. Porém, afirma que consequências já podem ser notadas. Por um lado,
facilitou-se o processo de relações interpessoais, porém, por outro lado, os
laços humanos estão cada vez mais frágeis, visto que é muito fácil fazer
amizades e muito mais atrativo desfazer-se delas. De acordo com o sociólogo,
“estamos todos numa solidão e numa multidão ao mesmo tempo”.
A pós-modernidade traz
consigo o acúmulo de informações, que facilita a perda da memória
(esquecimento). Memória esta que é fluída, afetiva e mágica.
Como consequência deste
esquecimento, torna-se necessária a criação de lugares de memória, que são
divididos de três maneiras: materiais (onde a memória se fixa e é apreendida
pelos sentidos), funcionais (que tem ou adquirem a função de estabelecer
memórias coletivas) e simbólicos (onde a memória se revela).
Alguns exemplos do processo
identitário relacionados com a pós-modernidade são, portanto: a facilidade na comunicação
(antes por carta, agora via internet), o estilo de “amizade do facebook”
descrito por Bauman e a perda da ideia de nacionalidade, devido ao
estreitamento das fronteiras.
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